Parabéns doutores!







São profissionais que não podem falhar. Infelizmente ninguém admite uma falha desses profissionais que quase sempre vivem no fio da navalha. Uns são extremamente eficazes, estudam, se preocupam com a evolução da ciência e mesmo com as responsabilidades de todos os dias conseguem tempo para estudar. Acredito que nessa profissão, estudar todos os dias é imprescindível. Não podem virar o doutor “         encaminho” ou o doutor diclofenaco ou paracetamol. As vezes  incompreendidos, criticados, elogiados, penalizados, fazem parte de uma área da ciência que compromisso e responsabilidade são essenciais.
Fico imaginando um  cirurgião sendo acordado no meio da noite para salvar uma vida. Um pediatra ouvindo o choro de uma mãe que implora para  que salve seu filho. Um ginecologista trazendo a luz uma bela criança. São situações vivenciadas rotineiramente por esses profissionais.
Um dia desses assisti a uma cesariana. Fiquei prestando atenção desde o momento que o médico desinfeta as mãos com iodo, coloca as luvas e começa a solicitar do instrumentista o seu material de trabalho para iniciar a cirurgia.
Um corte na horizontal e pouco a pouco as camadas da pele vão sendo abertas para que o médico possa retirar a criança. Nesse dia foram duas. Todo mundo ali prestando muita atenção e monitorando a paciente. Tudo muito rápido e com muita técnica.
Para fechar, camada por camada da pele é costurada pelo cirurgião. Algumas gorduras são retiradas, ajeita daqui ajeita dali e  num retoque especial a ultima costura é feita. Pronto! Tudo saiu muito bem e rapidamente  a paciente é encaminhada para a enfermaria depois da prescrição de alguns medicamentos.
Senti que a atividade se torna mecânica, acho que rotineira. Conversei com um médico a respeito dessa minha avaliação e ele me afirmou que eu tinha lá minhas razões e disse mais: ‘’Essa história de as vezes pensarmos que todo procedimento segue a mesma rotina, o mesmo padrão é que faz com que nas emergências alguns se sintam com as mãos atadas por terem dificuldades em lidar com o imprevisto’’.
Para algumas pessoas o  que difere o bom médico do médico tido como ruim é acima de tudo a competência na avaliação, no diagnóstico, na abordagem feita ao paciente e principalmente no tratamento humanizado. As vezes um bom dia, um sorriso, uma palavra amiga faz o diferencial.
Quarta-feira uma sessão solene em homenagem aos médicos foi realizada na Assembleia Legislativa a pedido do deputado Eduardo Farias, que também é médico. Uma bonita sessão onde alguns discursos desses profissionais serviram de parâmetro para que tenhamos uma noção da importância e dos dilemas vividos a cada dia.
Parabéns aos médicos Eduardo Hadad, Iran Geraldo Paes Leme, Antonio Lisboa, Jakson Ramos, Beiruth, Romeu Delilo, Donald Fernandes , Eduardo Farias, Abdo Bussad, Arnaldo Tomás e a tantos outros profissionais que fazem da atividade um verdadeiro sacerdócio.

Parabéns doutores!

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