Dez anos de Gazeta Alerta
Parece que foi ontem, mas dez anos se passaram rapidamente. Lembro que subi as escadas que dão acesso a sala do diretor geral Raimundo Martins e mantivemos as primeiras conversas a respeito da possibilidade da TV Gazeta me convidar para apresentar um programa que seria uma mistura de reportagens policiais, comunidade, dia a dia, enfim, o factual.
Confesso que nunca tive a idéia
de sair do rádio e ir para a televisão, onde muitos consideram o ápice da
carreira jornalística devido a visibilidade que o profissional alcança.
Entre a primeira conversa e o primeiro programa foram três meses. Dois pilotos foram feitos(assim é que se chama o treino em televisão)e fui responsável pela missão de ser o apresentador do programa. Suando em bicas e sem prática, fiz do jeito que deu. Deveria ter feito melhor. Me lembro bem que era um período de Copa do Mundo e o Brasil foi campeão.
Entre a primeira conversa e o primeiro programa foram três meses. Dois pilotos foram feitos(assim é que se chama o treino em televisão)e fui responsável pela missão de ser o apresentador do programa. Suando em bicas e sem prática, fiz do jeito que deu. Deveria ter feito melhor. Me lembro bem que era um período de Copa do Mundo e o Brasil foi campeão.
A partir daí, as chamadas dicas
começam a ser dadas pela produção, principalmente no que diz respeito ao
enquadramento.
Conversar com duas
ou três câmeras em um estúdio como se fossem pessoas é coisa de doido e
a gente finda se acostumando com isso, se tornando algo totalmente normal.
No início todo cuidado é pouco.
Chega-se cedo, checa textos, imagens, conversa com a editoria, etc. Depois a
prática lhe ensina a ser mais rápido, preciso, cirúrgico.
São dez anos de muito sucesso.
Dez anos de mais de 80% de audiência. Dez anos de premiação e as vezes de muita
aporrinhação.
O Gazeta Alerta é a saída
para muitas pessoas que não são ouvidas
ou que não tem suas reivindicações atendidas pelo poder público. A frase EU VOU
DENUNCIAR NO GAZETA ALERTA é bem conhecida
pelos maus gestores.
Sinceramente, se tem algo profissional que tenho satisfação e gosto de
fazer , é televisão. O Gazeta alerta é uma espécie de filho que ajudei a fazer com o auxílio de várias mãos.
Por falar em mãos, o programa
precisa muito delas para ir ao ar.É um trabalho de equipe, de empenho, de
superação que começa com a pauta e
termina no momento em que o programa vai ao ar e todos os profissionais
envolvidos estão almoçando a comida feita pela dona Antônia.
Muitos colegas já integraram a
equipe. Me lembro da jornalista Paula Costa. As vezes irritada, reclamona, mas
acima de tudo profissional. Com ela o Gazeta Alerta viveu bons momentos. A
Paula hoje é uma empresária bem sucedida, segundo fiquei sabendo.
A minha primeira editora , Ana
Cristina, também deu sua contribuição
com extrema responsabilidade. A Aninha como eu a chamava, era durona e
exigente. Jornalista na essência.
Atualmente vivemos uma nova fase
e um novo momento. Dez anos já se foram e parece que tudo começou ontem. Temos
uma nova equipe. A jornalista e advogada
Glória Silva é quem cuida da editoria. Na produção temos o acadêmico de jornalismo Jardel Angelim, que
todos chamam de o netinho da vovó. É um cara legal e muito risonho. Na
reportagem, de forma efetiva temos a Lenilda Cavalcante ,Rose Lima e Jaqueline
Teles com seus respectivos cinegrafistas e motoristas.O apoio dos colegas do
Gazeta em Manchete também é essencial.
Na edição de imagens a experiente
Lucinha é sinônimo de qualidade. Na produção o diretor de imagens André Hoios é
quem manda. Lá ele tem o apoio da Marlene Bepler, também antiga na TV, e do
sonoplasta Renan Cordovil. O homem do caracteres é novo por lá. Só sei que o
cara tem um brinco na orelha. Nada
contra. Se errar com aquelas letrinhas que saem embaixo das reportagens a casa
cai.
É um trabalho de equipe. Equipe
que deve ser bem afinada. O resultado final de tudo o que é feito nos
bastidores é o que as pessoas assistem em casa. Até chegar ao ponto ideal a
trabalheira é grande.
O projeto deu certo. O empresário
Roberto Moura, que deu o aval, e Raimundo Martins estão de parabéns. O programa
importuna, denuncia, reclama, irrita as autoridades que não fazem o dever de
casa, é alvo de reclamação por parte dos poderosos, mas há dez anos é a caixa
de ressonância dos problemas da comunidade. É a saída para aqueles que não
tem mais a quem recorrer.
Quanto a mim, sou apenas mais uma
peça da engrenagem. Engrenagem da noticia. Engrenagem da informação.
A televisão não me enebriou, não
me envaideceu. Sou o mesmo cidadão de há dez anos. Mais maduro, mais
profissional e com mais responsabilidades. A humildade, talvez seja a maior virtude para que tudo tenha dado
certo. A caminhada da vida é longa.Afinal de contas, estrelismo fica para os
grandes astros de Hollywood.
Daqui a pouco estou saindo de
casa rumo a TV Gazeta para apresentar o Gazeta Alerta desta segunda-feira.
Segunda-feira que tem um sabor todo especial.
Escovinha no cabelo, pó no rosto,
paletó bem engomado,sapato engraxado, dois microfones ligados, ponto no
ouvido(para falar com a produção) e aí começa tudo de novo.
- Edvaldo já vamos entrar no ar.
Te liga! Atenção!
A partir daí entra aquela voz que
diz: Está no ar o Gazeta Alerta com Edvaldo Souza.
Pronto! É mais um dia de
trabalho, agitação, irritação,pressão arterial as vezes alta, de comentários
duros.
Já estamos no ar.É mais um dia
que não almoço com minha família. Já são dez anos.
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