Violência
desenfreada
Como acriano que sou
acompanho o desenvolvimento e a trajetória principalmente de Rio Branco desde
que me entendo como gente, e já faz um bom tempo.
A época em que todos ainda
dormiam de janelas abertas e durante o período da noite grupos de jovens
atualizavam as conversas sentado em banquinhos em frente de suas casas já
passou.
O Acre cresceu, e com o chamado progresso, chegaram junto todas as
mazelas típicas de uma cidade de médio porte. O êxodo rural e a falta de políticas públicas voltadas para as questões
sociais começa a explodir de tal forma que deixa a todos assustados.
A violência é um problema
nacional. O Acre não está fora desse contexto. Mas, por aqui as chamadas
medidas de contenção devem ser tomadas de forma mais efetiva assegurando acima
de tudo a integridade física de cidadãos que pagam impostos e que portanto,
devem ter garantidos o direito a segurança, como reza o texto constitucional.
O crime se especializou,
estreitou relações, chega a eleger políticos em determinadas regiões do Brasil
e a cada dia se infiltra no que se chama de estrutura de poder.
No Brasil a ciranda da
violência rende cerca de 120 milhões e
chega a ser o negócio de número 1.150 em termos de rentabilidade.
No Acre o crime evoluiu, se
tecnificou e de forma rotineira os
furtos, assaltos e homicídios vem acontecendo. O que preocupa nesse caso é que
somos um estado de população pequena e se tratando da capital o número de
habitantes chega a ser menor de que alguns bairros da cidade de São Paulo.
Se entende as fragilidades
da lei. Se entende as brechas contidas em um código penal da década de 40 e
também se entende todos os benefícios previstos em lei para aqueles que matam, esfolam, sequestram e enlutam famílias.
Temos em andamento em
Brasília a proposta de reformulação do código penal. Tem sido um parto difícil
acelerar o nascimento de uma legislação que efetivamente defenda o cidadão e
puna na forma da lei aqueles que infringem as normas de convivência em sociedade.
No Brasil são 45 mil homicídios
todos os anos. Porém, ao que parece, quem tem o poder de legislar e fazer as
mudanças não está atento aos gritos e
aos reclames da sociedade.
Enquanto nada é feito,
continuamos contabilizando o número de mortos e aumentando o número de
cemitérios neste país.
É bom que se diga que o Acre
não está fora dessa estatística.
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