Parabéns professores!
Cada professor tem sua
própria história. Cada professor tem suas agruras e seus conflitos em busca de
dias melhores objetivando internalizar conteúdo, conhecimento, preparo para a
vida, daqueles que ele tem a missão de educar.
As palavras acima são
bonitas, o que contrasta exatamente com
a rotina do verdadeiro educador que sai de casa as seis da manhã, pega ônibus,
ministra aula para várias turmas, trabalha quase que sempre em condições que
deixam a desejar e para aumentar a renda trabalha dois ou três turnos e ainda
tem que sobreviver a violência urbana.
Essa é a verdadeira vida de
um professor. Planeja, executa,corrige provas, participa de reuniões, de cursos
que não aumentam um real em seus salários e veem o tempo passar como a
velocidade da luz.
Houve uma época que ser
professor era sinônimo de status. Sempre bem vestidos, barba bem feita, jalecos
impecáveis e acima de tudo tinham autoridade para comandar seus alunos. Os
salários nunca foram atraentes. Sempre foram salários aviltantes para uma
categoria que tem como missão ministrar os primeiros passos na formação das
outras profissões.
Os tempos podem ter mudado.
Mas, o salário do professor continua do mesmo jeito. Ganham pouco, trabalham
muito, adoecem com facilidade, tem alto grau de estresse e findam sendo vítimas do que eu denomino de
sindicatos estatais.
São aqueles sindicatos
que sempre estão em perfeita simbiose com o Poder Público. Acendem uma
vela para Deus e outra para o bicho ruim.
Os professores tem contra
eles as famigeradas estatísticas educacionais. Número de aprovados, evasão escolar,
desistentes, são dados importantíssimos. No tocante ao quesito aprovação, então
nem se fala quando um professor é tido como durão, exigente, cobrador, enfim,
faz valer o seu diploma de educador, esse tipo de professor não é bem visto.
O importante é aprovar. Os
números devem ser expressivos para satisfazer os desejos de uma burocracia que
teima em formar uma legião de analfabetos culturais. Aqueles que tem dificuldades de raciocínio,
de concatenar idéias, de formular um texto ou de escrever uma redação de vinte
linhas,mas que mesmo assim são detentores de diploma.
A educação brasileira não
vai bem. O professor por sua vez a cada dia se torna uma mão de obra mais
escassa no mercado de trabalho. Os salários miseráveis, não estimulam ninguém a
enveredar por essa área.
Essa história de dizer que
ser educador é um sacerdócio é o que se
chama de balela. Sacerdócio não paga as contas desses profissionais ao final de
cada mês.
Hoje é o dia do professor. A
esses profissionais eu rendo minhas homenagens. Merecem respeito e um salário
decente.
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