A mistura de alegria e tristeza



As imagens mostradas por emissoras de televisão apontam as dificuldades, os transtornos, reclamações , quintais e casas submersos, muita gente a espera de ser retirada dos locais alagados, e acima de tudo a tristeza de quem pouco tem e que em pouco tempo pode perder tudo.
Uma realidade vivida e constatada durante muitos anos por todos aqueles que aqui vivem, produzem e lutam para garantir o sustento da família.
O trabalho de conscientização para a retirada das famílias que residem nas chamadas áreas mais baixas da cidade, em muitas situações é um trabalho de paciência. O fato de morar em alguns locais próximos ao centro faz com que muitas famílias resistam em deixar suas casas.
Ano após ano a alagação se repete. O enredo é conhecido. Não existe mocinho ou bandido nessa história. O problema diz respeito a todos nós. Se engana quem tenta tirar proveito do sofrimento das milhares de famílias desabrigadas.
Uma coisa é certa. As agressões e aberrações do ponto de vista hidrográfico, agronômico e biológico praticadas as margens do nosso principal manancial ao longo de décadas estão tendo reflexo.
O rio acre estreitou, assoreou, diminuiu a calha e ao receber um grande volume de água a inundação de suas margens e de seus afluentes é iminente.
Como sempre, os mais pobres, mais humildes, são os principais prejudicados com a revolta das águas.
Em alguns municípios prefeitos optaram por cancelar a festa carnavalesca. Em Rio Branco a festa foi mantida. É uma mistura heterogênea de tristeza e alegria.
Comentários
Postar um comentário