Mãos ao alto!


Como acriano que sou nasci numa época em que as diferenças entre a molecada quando se desentendia  era resolvida ainda naquela de quem for macho que  cuspa aqui.

Faz tempo. Bons tempos em que existia uma ‘rivalidade’ entre os jovens dos bairros Bosque, Base, Seis de Agosto e Quinze e quando necessário era tudo resolvido na base do braço.

Era a Rio Branco das retretas, da banda de música tocando na praça, de assistir Tarzan no cine Rio Banco e o Dólar furado no cine Acre e ainda ganhar uns trocadinhos vendendo os gibis na porta de entrada ou na frente dos cinemas.

Esse tempo já não existe mais. Estamos na época da mais pura violência, sem freio e sem perspectivas de melhorias a  médio prazo. Todo mundo se sente inseguro, com medo, tenso e ninguém está livre de a qualquer momento ser vítima de uma atrocidade.

Todos com quem converso se sentem assim. São assaltos, furtos, homicídios, latrocínios, estupros, raptos, enfim, crimes típicos das grandes cidades, o que não é nosso caso.

Estamos presos dentro de nossas próprias Casas. Trancados, portas e janelas gradeadas, câmeras de segurança, vigias, cães a espreita durante o dia e a noite, e completamente atordoados com a escalada da violência.

O que a sociedade exige são medidas imediatas. Ações que nocauteiem a ação criminosa para que possamos ter de volta a velha Rio Branco.

Os furtos e  os assaltos viraram rotina  na vida dos acreanos. Em plena luz do dia o ato criminoso é praticado sem nenhuma cerimônia. Carros são arrombados e pertences levados. Casas são assaltadas na calada da noite onde pais de família são acordados com um revólver apontado para suas cabeças.

Algo está errado. Medidas urgentes e reparadoras devem ser tomadas. Não podemos sair de casa  como vítimas em potencial e voltarmos como sobreviventes.

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