A Gincana da Escola Armando Nogueira e a força de quem é especial

Já fazia algum tempo que não vivia aquele ambiente típico de uma Escola de  segundo grau em período de final de ano.

Muitos jovens estavam na escola para participar de uma Gincana Cultural e eu convidado que fui por um dos alunos, muito cedo já estava a postos vendo toda aquela movimentação da garotada.

Cumprimentos, abraços, saudações e beijos fazem parte do ritual da nossa juventude. Ao contrário de nós,  senhores  sisudos,as vezes mal-humorados.

Fui cumprimentado por muitos estudantes, conversei com o chefe Assis e também recebi os cumprimentos do diretor da Armando Nogueira, senhor Gercildo.

As oito e meia da manhã começou o espetáculo no auditório da escola. No primeiro ato o aluno Jonathan Barbosa caracterizava a figura de um apresentador de Televisão, que no caso era eu.Tudo como manda o figurino do Gazeta Alerta.  

Abertura com trilha sonora e lá de trás das cortinas aparece o Jonathan com voz de trovão usando os bordões e fazendo as mesmas coisas que faço quando apresento o programa de maior audiência da TV acriana.

Não faltou nada. Até o Merchandising do Pague-Pouco foi lembrado.  Um sorteio foi feito e fui convidado para subir ao palco. Só que esta parte não estava no script. Subi e como parte da brincadeira eu teria sido o feliz ganhador de um milhão. Nesse caso uma espiga de milho grande feita de isopor.

Aproveitei o espaço, cumprimentei a todos e falei da importância do trabalho que é realizado na Escola Armando Nogueira.

Agora o que me tocou o coração foi constatar a força de vontade do estudante Jonathan. É o chamado cara especial. Com problemas no sistema neuromotor desde o nascimento, esse abnegado jovem tem dificuldades na fala e na locomoção.

Nem por isso, se deixou abater por qualquer ato de discriminação ou deboche. Foi em frente, deu exemplo de superação, de raça, terminou o segundo grau e já foi aprovado em uma faculdade para fazer o curso de Assistente Social.

Esse sim, é um exemplo a ser seguido. Esse sim, pode ser chamado de herói brasileiro.

De família pobre, criado pela avó, Jonathan me disse hoje que nunca desistirá dos seus sonhos.

Não desista. Sonhar não custa nada!


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