Edvaldo Souza lamenta queda da PEC contra pensão para ex-governadores

João Maurício(Aleac)

O deputado Edvaldo Souza (PSDC) fez pronunciamento nesta quarta-feira, 25, lamentando que a PEC contra o pagamento de pensão para ex-governadores tenha sido derrubada por perda de prazo. 
Ele lembrou que, embora instalada e promulgada no Diário Oficial do Legislativo, a comissão que daria o parecer sobre a matéria nunca se reuniu.  “Eu assinei a PEC como muitos outros deputados desta Casa, mas a comissão sequer emitiu um parecer, contra ou favor, e a matéria caducou”, comentou o deputado, lembrando que o presidente Elson Santiago (PEN) publicou resolução criando a comissão em 29 de agosto passado.

“Não foi preciso retirar assinaturas e nem recuar, a PEC caducou porque os deputados da comissão não se reuniram dentro do prazo”, observou Edvaldo. Para ele, ao não se atentarem para o prazo legal de 30 dias para reunir a comissão e emitir um parecer, os deputados dão a entender que não ouviram as manifestações de rua. “O sentimento das ruas não foi ouvido, não ecoou neste parlamento. Eu respeito a posição dos demais colegas, mas eu sou contra este privilégio para ex-governadores”, afirmou Edvaldo.

Segundo ele, os deputados precisam cuidar melhor de suas agendas, para não correr o risco de serem desmoralizados e xingados nas ruas como se fossem um bando de cidadãos que não honram o voto outorgado pela população. “Às vezes o parlamentar tem que ter posição clara em prol do povo. A pensão para ex-governadores não tem base jurídica. Sou formado em Direito e lembro que o jurista Luis Flavio Gomes, um dos maiores deste país,  diz que pensão é uma ‘imoralidade infinita’. Nós poderíamos ter dado um grande passo votando contra ou a favor.  Seria um gesto de grandeza com a população que nos critica e que faz considerações negativas nas redes sociais e blogs. Eu respeito a opinião de cada colega, mas não vou mudar a forma de pensar”,  afirmou Edvaldo Souza.

O parlamentar finalizou reiterando que, enquanto cidadão, ainda não se deixou contaminar com este vírus da política. “Vou continuar defendendo o que as pessoas da rua pensam, não posso admitir que um cidadão se aposente em quatro anos ganhando por R$ 25 mil mensais enquanto outros trabalham até o fim da vida para receber um salário mínimo”, concluiu.

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