Salve-se quem puder
A cada apresentação do Gazeta
Alerta tenho que fortalecer meu coração e ter nervos de aço para não passar ao
telespectador tudo aquilo que nós sentimos enquanto cidadãos e enquanto seres
humanos que vivemos em comunidade.
Tão logo chego a TV Gazeta, depois de cumprimentar a todos,
vou até a minha editora-chefe e como sempre pergunto quais as notícias que
temos para o programa, qual a notícia que vale a pena perder um pouco de tempo
fazendo um comentário ou coisa parecida.
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Sempre foi assim. É assim há exatamente 12 anos quando
apresentei o Gazeta Alerta pela primeira vez.
Confesso a você que faz a leitura dessas poucas linhas, que é
preciso ter tranquilidade e coração de pedra em muitas situações bárbaras que
acontecem no nosso dia a dia.
Ontem foi um desses dias. Um final de semana violento,
triste, com famílias enlutadas. Muitas
das vezes uma simples discussão, uma briga de vizinho, um desentendimento em um
bar, finda descambando para um homicídio.
Ontem pela manhã, já tinham sido registrados 18 acidentes de
motocicleta. No período da tarde durante um assalto na região da estrada do
Amapá, um pai de família teve sua vida ceifada por assaltantes. No final de semana em nossa
capital foram três homicídios.
Até quando vamos ter que conviver com a violência e suas consequências?
Até quando as famílias terão que chorar os seus mortos que a luz da burocracia se
transformam em números, em estatísticas?
A luz vermelha está acesa. No Brasil são mais de 40 mil
homicídios todos os anos e o Acre não está fora dessa estatística.
Não somos uma sociedade de delinquentes, de criminosos. O que
precisamos são de ações firmes, duras,
das instituições que deveriam
garantir a segurança da população.
Por trás desse caldeirão incontrolável temos também um outro
ingrediente que impulsiona a onda de violência. Temos nossas fronteiras que
precisam ser fiscalizadas, fortalecidas, e desta forma criar mecanismos para
impedir a entrada das drogas. Não é novidade para ninguém que as drogas
financiam a violência.
Quanto a brandura das
nossas leis e os aspectos sociológicos e filosóficos da violência, fica para
outro artigo.
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